sexta-feira, 24 de junho de 2011

O tempo não pára





"Tic tac, tic tac.."
Mal abro os olhos e já escuto o relógio alertar que já não há mais tempo.
De primeira instância, percebo que o despertador não tocou e só ficou o "tic tac", incessantemente dizendo que se eu não correr, o dia já não começará bom.
A mente é tão confusa ao despertar, pois a imagem distorcida do sonho em junção com a realidade da água caindo em meu corpo me dirige a mais um pensamento não querido. As vozes de minha própria racionalidade já não me são tão agradáveis, pelo menos não de manhã. Qual a 'razão' para logo cedo?
Para que tantos "por quês", e tantos "porquês"?
Qual a diferença, se tudo no final é respondido com o "..."?
O sentimento limita à palavra.

Evitando ao máximo ter de olhar ao pulso esquerdo, verifico o horário e vejo que estou atrasada.
Atrasada para a vida.
Tento correr, mas o ônibus não passa. E os que passam eu não pego.
Medo de ousar (novamente)? Medo do ônibus tomar a direção não desejada? Afinal a escolha existe e é necessário a compreensão de que se eu não entrar, jamais chegarei ao meu destino.

"Piiiriliiiim" "taranranram..." - O despertador acaba de me alertar. Acorde.

Thais Souza.