domingo, 22 de janeiro de 2012

Replanejando





Não sei se a lua está virada pra câncer hoje, e nem sei se realmente acredito que isso influencie minha vida. Mas sem enrolação, hoje levantei meio nostálgica. Isso não era para acontecer. Isso é contradição com gêmeos. Ainda mais nesse começo de mês tão animado em que estou.
Por mais clichê que seja, janeiro é um mês que me obriga a voltar as lembranças queridas (ou não) de um passado curto ou longo. E foi assim que procurando certo objeto numa caixa velha e abandonada, reencontrei vários cadernos antigos. Tempos de escola... Cada caderno: cada ano, cada novela diferente.
Entre tantos figurantes e protagonistas que durante esse tempo, passaram e deixaram suas marcas em mim, percebo o quanto a grande bola girou e nos moldou.
Promessas de intermináveis amizades parecem tão estúpidas e ingênuas diante da realidade. Esperanças de fazer com que os planos fossem concretizados sem interferência do improviso também.
Não sou nostálgica, mas só apareço por aqui quando estou. Já percebi isso. =)
Revirando as folhas do caderno, encontrei algumas dedicatórias de alguém que foi e ainda é muito especial pra mim.
Alguém cuja vida foi atingida pelo vendaval de surpresas (boas, inclusive). Mas que de um jeito ou de outro pegou acesso a outra direção e fez com que a distância ficasse maior.
Talvez a responsável pela distância tenha sido minha própria deficiência de adaptação. Mas mais um ano recomeça e junto com as lembranças, segue a famosa esperança de mais uma vez replanejar tudo outra vez.
Como já disse, janeiro está muito animado. Guardo com carinho pessoas novas que estão passando rapidamente por mim e deixando aquele gostinho de "obrigado".
Logo mais o ano vai se solidificando e a trama vai se desenvolvendo alarmando às imperfeições do ser, a rotina criada pelo "eu", a curiosidade pelo desconhecido e as consequências de cada passo dado.

Planejo tentar planejar o mínimo, contradizer tudo se necessário, amar mais os defeitos e encurtar essa distância entre pensar e viver aquilo que desejo.
Seja o que tiver de acontecer e o que eu precisar e quiser fazer, farei.
Para que tudo valha a pena no final é preciso evitar o bloqueio mental e se arriscar no improviso. =)



Thais Souza.

4 comentários:

  1. Olá,Thais!

    Tenho até uma certa inveja (boa!) de quem passou a adoslecência da maneira como deveria - cercada por amigos, aquele frisson bom da escola, aquele friozinho na barriga, paquerinhas... E depois, imagino como é gostoso pegar o baú de lembranças e ver como valeu a pena esse período. E, claro, lembrar das pessoas queridas, mesmo que distantes agora.

    T.S. Frank
    www.cafequenteesherlock.blogspot.com

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  2. Não importa se foi na infância, adolescência ou na fase adulta. Basta reservar um tempo para apreciar nem que seja uma hora atrás de um momento bom que viveu! =) Adoro suas visitas

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  3. Olá! Navegando pela Net, te encontrei, gostei e já estou seguindo! Ficarei muito feliz e honrada se puderes retribuir me seguindo de volta! Uma quinta-feira iluminada e repleta de bênçãos!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com/
    http://www.dihitt.com.br/elaineaverbuch
    http://twitter.com/@elaineaverbuch

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  4. aaaaaaaaaaaaah, é muito bom saber as nossas deficiencias...
    nos adaptar não é fácil...
    o novo sempre assusta um pouco...
    mas estamos aí......
    bjs eu amo o que voce escreve!

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